segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A diversidade étnica brasileira


Década de 1920. Começa a delinear-se a luta por um abrasileiramento temático, a busca da expressão nacional. Intelectuais brasileiros são influenciados pelas vanguardas europeias e defendem obras exclusivamente brasileiras, que rompem todos os padrões estabelecidos. No auge do Movimento Modernista, o escritor Oswald de Andrade assiste à Exposição Primitivista de Máscaras Africanas de Paris. E pergunta-se: “E nós, os brasileiros, quem somos?”. Inspirado na descoberta parisiense da arte negra da África, Oswald prega em sua obra a volta ao primitivismo e às raízes de nossa sociedade, influenciando artistas de diversas áreas das artes brasileiras.
Mas na música o principal formulador teórico do nacionalismo musical foi Mário de Andrade, que defendeu o estudo do folclore musical como base para a construção de uma música erudita. Mário de Andrade organizou várias viagens “etnográficas” – a Minas Gerais (em 1924) e ao Norte e Nordeste (em 1927 e, depois, entre o final de 1928 e início 1929), ele levava com ele vários compositores para conhecerem o folclore brasileiro, como Guarnieri, que em sua viagem aos candomblés da Bahia recolheu um vasto e rico material. 
O negro e o índio passavam a servir de inspiração para o fazer artístico,  intelectuais, etnógrafos e antropólogos recorriam à matriz africana e indígena.
O movimento representado pela Semana de 22 buscou descobrir e também, simultaneamente, construir uma identidade cultural nacional, e as suas influências permanecem na contemporaneidade.

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